segunda-feira, 26 de maio de 2014

Contextamento

Se vejo água na rua e penso "choveu", sei que a natureza é bem maior que meu ego. Mas se num orgasmo me vejo animal, sou natural e à vida me apego.
Constatações, estas, de um ser involuído, material e humano: não existe n'outro plano que não naqueles de seus mestres-de-rio tietereiros  (com espaço para uma ou outra delineação dos engendres da mente egoísta e certeira).
Sou irreal à medida que penso, logo existindo em universos-ficção
 - com a consciência de ser o escapismo uma enganosa emoção - e, penso, não sei em qual lado do muro me encontro: dos desfavelados ou monetários desencontros?
E os contrapontos são poucos: serotonina e mais alguns. O que me insufla não é minha química, mas o lugar-nenhum das esperanças de quem não quer mais esperar. Se sei lutar, escrever ou pensar - o que eu não sei, de fato! - é por descaso e por influência.
Qual me acomete por instinto(s): o acaso, o caso ou qualquer ocaso?

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