quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Bons Poemas de uma Nova Era Não Tão Boa Quanto os Poemas

Cenário ou Personagem?
Testamento de um Ingrato
Sandman
Rima de um Anticristo Budista de Calma Universal e Universitária
Livre
Of Times Gone By
Idioma Comum

Não Sei

Não sei pensar,
 porque pensar me faz amar,
   e amar me faz parar de pensar

Não sei direito
  se eu sei amar
    pois penso demais sobre isso

Não sei se faço
  ou se só penso em fazer
    ou se faço sem pensar

Eu sei que sou
  tudo que eu penso,
    mesmo que eu não pense tanto assim

Se acho pouco,
  seria eu pouco
    ou seria o mundo muito?

Se não acho,
  seria eu nada
    ou seria o mundo tudo?

Sendo tudo muito,
  sendo eu pensante,
    sendo eu amante,

Quem são os mundos,
  como plantam mudas,
    como muda o mundo?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Docemente Forte

Sem paixão ou emoção,
Com remorso e coração.
E saudade, e razão.

Com paixão no coração,
Sem remorso nem razão,
Só saudade e emoção.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Cenário ou Personagem?

O sol poente me fez perceber
Que a vida não é nascimento e morrer
E que não é longeva a estadia terrena
E que a alma não é, ainda menos imortal

Fez parecer que podemos ser farol
Para iluminar caminhos que vêm e que vão
E pra coroar as vidas com importância e emoção
Fazendo imortal a permanência nos autos

Ou que pode-se ser mar
Que sofre com a luz ofuscando a visão
E que serve de suporte para os navios da Nação
Mas se adapta à situação e ao conforto que quer

Já o sol nascente me fez esquecer
As angústias que perseguem o pensamento mortal
E os sonhos e pesadelos do descanso forçado
Por uma mente que havia, por viver, se esforçado

Fez o desejo mudar de forma
E a vontade ser de mudança imediata.
Tornou o ímpeto prioridade suprema
E levou os pensamentos embora.
Mudou minha vida
Pelo instante que não mais importa.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Testamento de um Ingrato

E agradeço, de fato
Pelo querido e humano contato
Que tanto provêm à minha ilustre pessoa
E que tanto doam à minha família de boa vontade

De fato, eu amo
Amo todos como amam a mim
E amo a mim como ninguém amaria
Além do mais, quem mais, além de mim, eu mesmo seria?

Só sirvo pra ser esse complexo de complexidade
Este produto dos produtos,
E só não me julgo Rei dos Reis
Por ser temente ao nosso Senhor!

E sim, claro, estão todos bem-vindos
Afinal, nunca me falta espaço ou vontade
(Vontade pode faltar, mas então contrato alguém disposto...)
E festejamos até o dia clarear! (ou até que eu durma, cansado da vida)

Não comemoro meu nascimento, não
Pois ele só me diz que um dia morrerei
E meu óbito será sentido ao redor da Terra, sim
(Ou ao menos, no leito, nisso eu sempre acreditarei)

Pois imagine se fosse um sonho,
Se passasse, eu, fome ou necessidade!
Que absurdo, que ignorância!, achar minha presença digna do povo!
Não que não os goste, claro. Tenho amigos que trabalham em lojas!

E tudo acaba voltando a mim, vocês sabiam?
Nunca verá uma notícia sobre seu gato ou seu filho negro
Nem que seu gato passe no vestibular e seu filho faça acrobacias!
A História sempre foi e será escrita pela minha gente, está bem?

Mas permito-vos que sonhem,
Pequenos aprendizes da vida.
Pois sonhos também vendo
Pois sonhos também sonho
Pois sonhos também sonham
E porque também, eu, sonhei um dia.
(Queria ser bombeiro, acreditam?)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um Ode à Coisa Amada que Consumo

Meu bem...
Tanto lhe quero!
Lhe quero bem,
Lhe quero cem!

Oh, bem...
Faz meu dia amanhecer mais claro!
Faz minhas viagens rápidas e gostosas,
E, claro, permite-me ver, por telas, garotas deliciosas!

Querido bem...
Que aqueles loucos nunca me tirem seu brilho!
Desejo a ti e não quero perdê-lo,
Me deixa até recuperar meus cabelos!

Pensemos, bem...
Um no outro como quem morre sem,
O seu toque em minhas carteiras, acho brilhante!
Se a ti eu perder, me mato no instante!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sandman

Some things in life, our heart'll never tell
As breaking, in minds, our behavioring spell
And braking the progress inside of ourselves
With lives and knives never leaving their shelves

And following our white rabbit's trail in its past
Forgetting personas and thoughts rather fast
Feasting with kings and courts of those dreams
Whose intentions, just there, are all what it seems

But the darlings and fairies are bottled inside
Glass bottles and vases, on horses that stride
Through deserts of ice, through mountains of sorrow
Stealing our dreams with the sadness that follows.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Rima de um Anticristo Budista de Calma Universal e Universitária

Muitos olhares se perdem no jogo
Que não traz vitória ou derrota, mas fogo
Pulverizador dos raios de luz
De suas córneas brilhantes

E, em mínimos instantes,
Sob sua ótica suprema, estamos nus
Sem sermos nosso ser, sem termos
Noção de quaisquer termos de seus contratos

E o retorno meio insatisfatório
Constitui-se de distorcidos fatos.
Em meio a um juramento ilusório
Ficamos, por sua existência, enfermos.

Mas ainda agradecemos sua santa bondade
Pelo egoísmo e benefício humano
Que crê no que decide, pela felicidade
Encontrada no seu sacro plano.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Jornal

Proveniente de uma atividade recreativa em um grupo de escritores, do tipo "escreva sobre a foto a seguir":


Eu disse a ele que o amava imensamente, mas a ligação foi cortada pelo governo chinês e não houve mais comunicação. Ele era um jornalista, quando vivo. Nunca soube explicar se ele nutria mais sentimentos por mim ou pela sensação de correr atrás de fatos escondidos em arquivos e mentes lotadas de segredos. Não que isso realmente importe, de fato. Ao menos não agora.

De qualquer forma, me lembro que passei meses sem conseguir falar com ele. Passei a me preocupar com seu bem-estar e, após meses sem retorno algum, fosse por telefone ou por internet, comecei a perder as esperanças.
Milhares de pensamentos passavam pela minha cabeça: será que ele voltaria? Será que fora assassinado pela ditadura chinesa? Será que fora exilado a algum país europeu de baixa qualidade de vida ou obrigado a trabalhar como escravo?
Será que ele se apaixonara por alguém melhor que eu?
Todas essas perguntas só faziam com que minha mente se perturbasse, viciando-a com dúvidas sobre nosso amor o bem-estar de Carlos.
Era uma manhã de verão quando vi nascer o primeiro fio branco em minhas madeixas, antes loiras. Era o sinal de que aquilo estava me consumindo, pois nunca foi encarado com normalidade uma mulher de vinte e quatro anos ter cabelos brancos.
Fui à farmácia comprar algo para tingir meus fios, acabei por passar pela casa de minha mãe, que morava por perto. Tingi o cabelo lá mesmo, e após um pouco de choro e bons conselhos maternos, voltei à minha casa. O céu já havia escurecido.
Então que notei um estranho carro perto da varanda. Contornei a casa para ver se havia sido invadida, com o celular em mãos pronto para discar o 190.
E, então, perto da cerca que dividia minha casa da vizinha traseira, eu o vi.
Não lembro se gritei "Carlos" primeiro ou se comecei a chorar. Mas me lembro que, quando nos abraçamos, foi mágico de uma maneira que eu não conseguia explicar.
Foi tão intenso...
Tão intenso que minhas lágrimas caíram do céu.

Ah, Carlos, como sinto a sua falta...


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Então.

E a fé  de um homem cheio de certeza onde o seu deus torna a sua vida confortável e a sua morte menos dolorosa é a fé que cega o homem. Este homem crê mais sabe que se não crer ira sofrer as devidas punições. Ele se nega a questionar pois estaria pecando, neste ponto a fé rouba o pensar do homem, este que por sua vez segue em um dogma construído por outros homens. Cheios de certezas e acreditando tão profundamente em uma única verdade. O destino o abriga, as regras se moldam ao conforto.

 E esta mesma fé, é a fé do homem que põe a sua mão diante os olhos, nega a sua visão. É um caminho que mesmo que para mim seja um tanto improvável ainda assim é um caminho.

  Estes homens que acreditam ou deixam de acreditar em seus deuses acreditam quem uma das infinitas possibilidades, estas todas possíveis. A fé de um homem é divina, ao meu ponto de vesta, desde que faça este homem feliz.

 Talvez toda a fé seja apenas um refúgio para a eminencia do fim, mas o fim não é um lugar onde quero chegar.

Carrego algumas certezas.

Deus

O meu deus é a constante das inconstância.
Não sorri, tampouco chora.
É quem faz da certeza a ignorância.
É quem diz que um homem duvidoso é mais sábio que um homem com certezas.
E tentar concretiza-lo é o maior erro, só é deus o incompreensível.

Despertar

A vida é tão bonita de manhã,
o todo tempo que tem a correr
é tempo sem pensar no amanhã,

momento que o sol vai despertar
no leito do horizonte sem fim.
O sol que aquece o nosso coração.

E não importa se vier ou não
Oque importa é o coração
e hoje oque importa é de manhã,

iremos cultivar nosso amanhã
que o dia vai sorrir,
o sol presenciar
e o mundo vai parar porque você
Despertou.





Lamentos ou sorrisos

Nosso mundo será um só?
Ou será o seu, o meu
O nosso, café em pó
Insolúvel: será o seu?

A música não se faz sozinha
O verso se desfaz no não tentar
Quando tornou-se uma adivinha
Deixou de ser meu sagrado altar

O seu mundo não vale o que tenho
O seu céu não traz certa energia
Mas se pede, eu juro, eu venho
Como pode dar tanta nostalgia?

Dar-se sou o que posso
Sou o que sei, talvez será
O mundo, a lua, algo nosso
Ou paz ilusória, algo se dará.