quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Apolo [Parte - 04 A conexão]

Alguns dias se passaram e minha resposta logo veio, me fiz a pergunta do atual cotidiano e finalmente tive a resposta esperada, tudo aquilo não fazia sentido, a luz se retorcia  em uma curva impossível, tudo era muito hilário e conturbado, mas de alguma maneira se eu não tivesse me perguntado, aceitaria aquilo tudo como real e simplesmente me esqueceria ao amanhecer. Neste dia a emoção me acordou, minha lucidez não durou mais que alguns segundos. 
 Estava plantando a planta podre que hoje exala o cheiro púdrido em meu leito de morte.

-Apenas se sabe de que lado está quando se está dos dois lados -


 Meu pesadelo continuava me assombrando durante a noite, porém  tudo oque eu lia a respeito do meu mundo onírico não se aplicavam ao meu momento kafkiano. Todo o meu progresso não gerava resultado nenhum em minha angustia, era como se eu estivesse dentro de tudo aquilo, um Hamster dentro de sua bola de plastico, que mesmo que tente se afastar nunca vai deixar de estar dentro de tudo aquilo.
 Meu relógio estava marcado para despertar as três horas da manha, depois as três e meia... quatro horas , quatro e meia, cinco horas.
 As cinco e meia, acordei, estava dormindo porém acordado no ideal de Franz Kafka, eu consegui manipular a minha mente conturbada de forma a me despertar subconscientemente. Estava no labirinto de quimera, podendo observar tudo oque se passa enquanto eu durmo, estava em um elevador, acredito que antes do meu despertar, acreditava que tudo aquilo era real. Finalmente conseguia distinguir o real da invenção, tirei as minhas rédias taladas de "tolo" e comecei a entender e a manipular todo o meu potencial.
 O tempo se passou tão rápido, que eu não tenho muita coisa a falar a não ser de minha fixação, era um agora já rapaz um tanto conturbado, estava com 18 anos, acordado apenas pensando em sonhar. Pensava tanto em sonhar pois acreditava que apenas sonhando poderia descobrir as respostas de como acordar em meu pesadelo. Descobri que boa parte daquilo que pensava que fosse real na verdade era delírio, comecei acordar no meio de minhas rotinas e perceber que a realidade estava apenas naquilo que meus olhos focavam  e que tudo ao meu redor era delírio. Controlei os sonhos lúcidos com as diversas técnicas que coletei durante os anos de forma que conseguia acordar em minha consciência praticamente todas as noites, sonhando eu fazia tudo oque não conseguia fazer acordado e foi sonhando que eu tive a ideia que acabou com a minha vida. No início pensei que seria a solução, era um esperança e depois de tudo que eu ja tinha feito e tentado, a menor esperança não podia ser desperdiçada.
 Se eu pudesse me escultar hoje, se eu pudesse voltar no tempo e dizer para este jovem que ele não devia fazer isso, mas eu não posso, sou incapaz, ele não me esculta pois está com os olhos deslumbrados de mais com tudo aquilo que ele  é capaz de mudar.

-O limbo, ... O limb, ... O lim, ... O li-