terça-feira, 27 de maio de 2014

Escrito a partir de uma lousa sendo apagada

Lousa, lousa... Quanta cousa
Nessa tua vida de quadro silencioso
Não viste...
Quantas coisas foram escritas
Na tua face sólida

Quantos símbolos infinitos
De amor, de arte, de ciência e de zoeira
Se desfizeram nas tuas feições

Quantos símbolos infinitos
Quantos símbolos efêmeros

Vai, chora nossos signos magrelos
Apaga deste mundo o que se apagou dos nossos olhos
Mas ainda (esperamos)
Está escrito nas nossas cavernas mentais
E um dia, quem sabe
Revisitaremos

Como a Pré-História do nosso cotidiano

Nossas palavras antigas
Nossos pensamentos rupestres

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