Com o baque surdo,
Contemplando o absurdo de seu tempo e espaço,
Se constrói mudo.
Diferenciando-se dos ruídos, sem medo ou erro crasso
Absorve-se contente,
Sem ter na mente a primeira hipótese: não é audição, somente.
Contentes cérebros
Se transpõem ao olhar ao Cérbero dos mudos e cegos
Ao Julgamento
E são contentes por somente não ouvirem
Uma vez que
Pode-se produzir algo, só não pode absorver a resposta
Mas, uma vez falhando,
A boca impede o portador de soltar sua alma.
Mas tenhamos calma.
Não seria de suma importância uma boca ter,
Afinal,
Se usá-la para um peso morto, ao mundo, ser.
Cinco sentidos,
Sem sentido algum de ser a não ser a essência do mundo,
Nunca sentidos.
Escutar a resposta de um inimigo tão queridamente odiado
É tão necessário?
Tanto quanto ver seus miolos saindo às têmporas, assassinado?
Mas justos sejamos,
Não que os cincos vieram para o mal semearem, não.
Mas sofreram.
Sofreram a humana e terrena, porém simples, ilusão
De poder
E puderam crer que fariam diferença (ou não).
Doce emoção
Das mãos, pés e cabeças de mentes sem pé nem cabeça.
Que nunca cresçam!
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