sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Quê?

Com o baque surdo,
Contemplando o absurdo de seu tempo e espaço,
Se constrói mudo.

Diferenciando-se dos ruídos, sem medo ou erro crasso
Absorve-se contente,
Sem ter na mente a primeira hipótese: não é audição, somente.

Contentes cérebros
Se transpõem ao olhar ao Cérbero dos mudos e cegos
Ao Julgamento

E são contentes por somente não ouvirem
Uma vez que
Pode-se produzir algo, só não pode absorver a resposta

Mas, uma vez falhando,
A boca impede o portador de soltar sua alma.
Mas tenhamos calma.

Não seria de suma importância uma boca ter,
Afinal,
Se usá-la para um peso morto, ao mundo, ser.

Cinco sentidos,
Sem sentido algum de ser a não ser a essência do mundo,
Nunca sentidos.

Escutar a resposta de um inimigo tão queridamente odiado
É tão necessário?
Tanto quanto ver seus miolos saindo às têmporas, assassinado?

Mas justos sejamos,
Não que os cincos vieram para o mal semearem, não.
Mas sofreram.

Sofreram a humana e terrena, porém simples, ilusão
De poder
E puderam crer que fariam diferença (ou não).

Doce emoção
Das mãos, pés e cabeças de mentes sem pé nem cabeça.
Que nunca cresçam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário