Como lembranças ingratas,
As cores das gravatas
Amarram, consigo, o peso do cérebro sobre o homem
E enforcam.
Voltando ao ar, se transformam, nuas,
Douradas e azuis. Por todos os lados
Envolvem e desenvolvem.
E evoluem.
Cacofonicamente, elas só mentem.
Classificando-se, são recolhidas
Ao intenso e interno prazer rupestre
De tomar o corpo e roubar a vida.
Antes pulos, que sabiam o que fazer,
Agora muros, sem lugar ou pés pra ir
Agora nulos, até pular, até cair...
Antes não crer.
Mais absurdos que a morte em si,
Os ternos tomam o valor humano da dor,
Gritando: "Consumo pois devo!"
Atingindo o nervo das justas pessoas.
Constantemente roubam, matam, sofrem.
Até o anterior, fazia o impossível
Mas somente com o consentimento.
Agora, a rigor, crescia indivisível.
Meros prazeres que consomem a alma cadente,
(A carne e o osso nunca tão carentes,
A gula e a luxúria quase parentes de ventre!)
O luxo enche a bucha dos sem alma, pedindo-os que entrem entre suas nuances e cordas.
Mania dos distantes de procurar a cura onde há derrota, máxima e possante!
Porém é a derrota, da salvação, amante,
Uma vez que se constroem, igualmente
A partir da discórdia de nossa gente.
Embutindo a si mesmas o valor,
A fome, a peste, a raiva e a dor, ingratas,
Voltam-se aos seus formadores primatas
Depois de a mata não conter mais cor.
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