segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Conclave

E não seria céu
Não seria inferno
Seria, sim, um ambiente puro e doce como o mel
Quase como o de um peito materno
Mas não é.

Seria a terra, o fogo e uma pitada de sal
Antes das luzes
Seriam o mal
Mas também seriam aquilo que espantam, as cruzes.
Seriam.

Poderia voar, poderia ser, poderia vingar.
Poderia amar.
Poderia matar.
Poderia se tornar aquilo que desejar, poderia se transformar.
Poderia.

Mas ainda que o poder e o ser
Não mais se disponham a, em si mesmos, crer
Ainda há de vir
A era do saber
Por mais que saber não seja crer nem ser, mas seja

Seja, veja. E a cerveja sorvida será doce aos lábios secos e sem vida,
O beijo, benção,
E o tapa, merecido (nem tão, assim, doído)
Enquanto se aparece à rima sofrida
A noite se comove com o dia, aprendendo a lição

Aprendendo a emoção do dia e noite
E sabendo
Que nada representa a escuridão de nossas almas como uma sombra.
Porém a maior sombra se traz
Com a maior luz. Sorte?

Nenhum comentário:

Postar um comentário