sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

E As Orquestras

Às batidas do pêndulo e compasso
Do coração que constrói o aparato
O cantar da clara dama é só nosso
Enquanto livrarmo-nos dos estratos

E a neve dos claros olhos e traços
Que examinam, da orquestra, até os sapatos
Tece, de seu próprio amor, os frios laços
Até minar as frestas desses fatos

Enquanto acaba sua suave canção
Esquece o verão e traz primavera
Aos corações palpitantes, febris

Aquece o chão e a ele me traz, austera
E as cordas choram da emoção que fiz
E as orquestras, descalças, regem. São?

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