Torçam-se nossos tambores e festas
Iremos adormecer nestas frestas
Do ar que perdura essas constantes faces
Num mar de eternos e internos enlaces
Vendo a pureza como algo escalar
Contido, o desprezo se faz c'olhar
Ferem'ma vida que os trouxe à amargura
E namoram sua própria irreal loucura
Com as gotas de seu sangue, veneno
Conta as notas em seus bolsos, veneno
Mostra as garras aos fantasmas, veneno
Coça as costas dos comparsas, veneno
Mas por mais que pequeno seja o dono
Não tiraria nem um pouco do sono
De uma criança boba, infantil e dócil
Contos terríveis, ruins que fossem, sim
Mas deixem rimá-los por mim
Enquanto levo ao fim
E conduzo uma jornada
Quase uma jogada
De xadrez ou até gamão
Antes de acharem são
O fato de ajudantes sem mão
Continuarem a acariciar vosso coração
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