Há uma nova folha jogada no chão
O menino ainda pensa no que realmente ama
A menina decide se quer ou não ter coração
Por que mesmo as pessoas gritam?
Pensava nisso ao escrever a vida
Gritam porque as coisas as irritam?
Ou gritam porque querem ser lembradas na ida?
As vontades ecoavam na cabeça ao amanhecer
Os desejos afloravam ao subir da lua
O sol sempre saia triste ao anoitecer
Pois acabara de iluminar a Terra, agora nua
Então vieram as estrelas, tentando arrumar a bagunça
Tão inocentes que não perceberam: trouxeram a ditadura
Levaram consigo a dor e gritaram: agora tristeza nunca!
Com isso inibiram toda formação de bravura
E se informaram que não passa o céu disso
Uma leve brincadeira, improvável gincana
Que se pensem serem apenas um rabisco
Enquanto desenham essa constelação insana.
Larissa Cavalcanti e Gustavo Garcia.
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