Me trata de tanto contar
O que podemos amar
Tentando, em vão, explicar
Trata então de tentar o mar
Excreta e ignora o medo da morte
Assume que tratar e tentar são caprichos de sorte
De ângulos, feito, até é obtuso
Conclave das ideias parando o fluxo
De sangue e elétrons, nunca sem uso
Iluminem nossos caminhos, com vossa sacra
Juventude idealista que quer deixar marca
Tocam a vida ou um alaúde?
Bandidos com bandas de destoante verdade
Sofridos ao sufrágio da bandida liberdade
Caídos ao bel-prazer da arrogante humildade
As almas estão presas no cinza da cidade
Mas será que existe liberdade fora dela?
Todos repressores da mente controlam a cela
Bandidos e santos, diferença?, não na lei da selva
Santo bandido, grita a blasfêmia em nome da inocência
Bandido santo?, alimenta a inocência ao dormir na relva
Reis e sábios, base nojenta da monarquia
Hipócritas e ignorantes: todos iguais em uma orgia
E depois da explosão, nostalgia e dor na cicatriz
Que são os três: clero, burguesia e servidão
Tão conectados e tão distantes
Constante guerra de valores
Riqueza, dever ou sabedoria?
O que cada um diria?
É o servo quem detém o poder? Com certeza não.
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