E se peço desculpas não é pela demora
Mas por ter de esperar por fazer algo assim
Não me sinto devedor de uma explicação satisfatória
Mas o meu coração já sangrou nanquim
E conto que escrevo porque quero fazê-lo
Meus dedos viram tinta e minha mão é a caneta
No teclado ou no caderno, de verdade ou na cabeça
Mas nas linhas que não caibo, não escrevo, não me peça
Cantando a noite em uns versos complicados
Sonhando o dia em uma ficção babaca
De tarde, com café e leite, inspiração
Ou durante semanas sem prestar satisfação
Pois quando caibo nas linhas e versos, acho bonito
E acho lindo quando bonito acham, das minhas palavras
Atenuando a linha nem-tão-tênue que me separa em muitos
A confiança em minha escrita é minha balaclava
Nenhum comentário:
Postar um comentário