sexta-feira, 19 de julho de 2013

Odiar estrelas

Olhou para a lua e sentiu ardor.
Olhou um pouco para o lado e viu a sensibilidade.
Na lua só sentiu a falta de amor,
nas estrelas sentiu soltar toda a criatividade.



Se podia ela entender tal coisa como pouco?
Esse paradoxo de tamanha simplicidade?
Na lua sentiu a frieza de um deus louco,
nas estrelas calor de um louco a procura da felicidade.

Podiam ser as mesmas coisas em lugares diferentes,
as mesmas construções por visões desiguais.
Na lua sentiu todas suas mortes pendentes,
nas estrelas todas as purezas espirituais.

Ouviu então o chamado de final.
Tem de escolher: As trevas ou a paz.
Sentiu na lua o orgulho irracional,
nas estrelas sentiu tudo, menos a energia sagaz.

Refletiu e finalmente se entregou.
Achou a verdade melhor que a hipocrisia.
Sentiu a lua chamar e voou,
e das estrelas até hoje só se ouviu a poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário