O monstro que me
persegue - ou sou eu quem o busco? -
é feito de fantasia
ou de qualquer material tosco sobre
o qual não se faz poesia
Não é meu medo nem
minha dor
que servem de base
para o fantasma
O plasma que me perturba é surdo, mudo, cego
e invisível
e portanto nada o atinge
A esfinge me indagou:
"o que é que
sem tato ou mão,
sem pés ou olhos
para lhe dar direção
pode carregar para longe e plastificar sua razão?
Que envolve e afoga sem nunca encostar?
Que fere a fogo sem
nunca queimar?"
E nos olhos-espelho da esfinge,
finalmente à minha frente, eu
vi.
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