terça-feira, 8 de abril de 2014

Ego

A desgraça do mundo do Ato
é a máscara que cobre
o autorretrato retrátil.

Sem pátio, a mente distorce
sua própria vida para ser destoante;
torce os pulsos de amantes.

Pulsantes amarras se conjugam
para libertar o escravo da vida.
Comungam a sorte.

Resmungam à morte eterna
tais vidas etéreas e instantâneas
no Inferno terreno de Dante.

E é plena a constatação dissonante:
"Se vicia-se em ser personagem
num instante vira ator de si mesmo."

É o tapa que pensa ou a mente que dói?

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