A desgraça do mundo do Ato
é a máscara que cobre
o autorretrato retrátil.
Sem pátio, a mente distorce
sua própria vida para ser destoante;
torce os pulsos de amantes.
Pulsantes amarras se conjugam
para libertar o escravo da vida.
Comungam a sorte.
Resmungam à morte eterna
tais vidas etéreas e instantâneas
no Inferno terreno de Dante.
E é plena a constatação dissonante:
"Se vicia-se em ser personagem
num instante vira ator de si mesmo."
É o tapa que pensa ou a mente que dói?
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