Cortas-me o coração; eu sei que o fazes
Com gosto e com desejo de tortura
Nada te agrada mais que a desventura
De meu peito comido por antrazes
Pega-o, desmembra-o, esmaga-o - que não trazes
Nada que chegue perto da amargura
Que tu causaste - e toma-o com tenazes
Depois joga-o no abismo da loucura
E vendo-o, semimorto e destruído,
Olha as desilusões que provocaste
Sem que tivesse ao menos merecido
Porque toda essa dor, todo o martírio
(ele te amou, foi tu que não amaste)
Pulsou sangrando apenas num delírio
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