Contestando o pensar e o amor lírico,
O subconsciente se faz de um problema
Para curar-lhe de seu triste enema,
Atestando, amar, sim, somente o onírico.
Não encontrando, por dentro, algo empírico
Vê-se encontrado em um grave dilema
Desejando, então, criar um novo tema
Ao seu sonhar expresso e visto: um clínico
Mas as areias enganam seu mestre
Uma vez que quem nunca enfim acorda
Impõe a sim próprio a não-identidade
Rasgando, de si mesmo, as próprias cordas
Já não faz parte desta realidade
Só vê no espelho um vegetal, rupestre
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