Ainda que nos pareçam felizes,
O cantar dos gafanhotos noturnos
Têm consigo as elegias soturnas
Negando a si, sim, suas próprias raízes
Levando consigo as tristes valises
De valentes vidas cinzas no turno
Dos contentes seres rindo, no morno,
Contendo-se com tais vidas risíveis
E então é só isso que irão cantar
Tais bichos certos, da vida, marcados
Cantando um canto tão contraditório
Portando a voz do próprio purgatório
Enquanto soubermos só odiar
Cantam as mortes dos tempos passados
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