quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sombra

Tenho coisas mais importantes a fazer
Que me preocupar no que crer
Que me preocupar em fazer
Tenho coisas mais importantes que teu ser

Sou a sombra imponente que se julga bem capaz
Sou capaz de transformar o mais herói em capataz
De um vilão feio e deselegante, porém bem sagaz
E que muito dominante, de poder te satisfaz

Também sou este vilão, sou o ferro do seu fogo
Os peões, cavalos e reis deste jogo
Os jogos forjados pelos homem para controlar
Todas as coisas mais importantes que o mar ou amar

Sou o fogo que destrói as correntes da derrota
Para inflar no tal perdido a tal ânsia da vingança
Sou a espada que o vingador brande contra os reis
Sou os reis que brandem sangue perante a morte ingrata

Eu tomo forma da vilania que percorre as veias do trabalhador
Dos filhos e esposas, sou a voz do interior
Que insiste em matar e roubar quem não vier trazendo lucro
Sou a morte que despeja sobre os bons o velho luto

Sou nada além daquilo que se pode ver
Sou uma sombra, sim, mas ainda hei de recolher
Todas as formas para que finalmente possam saber
Que nada além de humano sou, afinal, quem não vê?

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