sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Hospício

Amaldiçoa, a bruxa
Encantada
A pessoa boa
Rasgada

Às inertes quebras
Cantadas
Nas menores quedas
Mandadas

Com os leves sonhos, o sono
Sem se dar conta do desejo
Bom, são pinturas novas sem dono
Cem radares pra perceber os despejos

Sobra-se a fauna
Cheirosa
E a flor na sauna
Perigosa

Comem pelos cantos
Covarde
Nomeiam selos, mantos
Alarde

Mas palavras da bruxa agora ecoam
Nos nossos pensamentos confusos
Distorce do nada, na hora destoam
E levam as sinapses a entrar em parafuso

Risadas e troças
Rasteja
Piadas às costas
Cereja

Os torpes criados
Criados
E tortos, mirrados
Criados

Mas agora já não são mentes muitas
As cabeças se uniram absolutas
Mundo afora, cá no cerne, nas casas e nos campos
Consciências feiticeiras já ruíram o especial

Corre e morre
Fica
Fica e morre
Corre

Morre e morre
Morte
Morre e morre
Sorte

Se conseguirmos o coração dela
Disseram que não seremos mais zumbis
Mas são as paredes de um hospital
Que realmente cercam nossas mentes senis

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