As folhas que escrevi pensando alto
A alma no papel despejo, inquieta
Os versos que pensei, assim de assalto
Desfolho sem querer, cumprindo a meta
Eu, metalinguisticamente, choro
Vendo estas ilusões (a qualquer preço)
Não meço meus valores, e te adoro
Meu sentimento débil, te mereço
Não sei se leio um livro ou se me livro
De ler de novo as dores do passado
Pois nada além desejo: enfim, ser livre
De um presente, de um futuro acabado
Canso. Choro. Desisto. Escrevo. Paro.
O meu reflexo vejo nestes versos
Espelho de razões, carentes ondas
Do mar de amar este ideal perverso
VIANNA, Gustavo
ANDRADE, Antonio
Nenhum comentário:
Postar um comentário