terça-feira, 17 de setembro de 2013

Põe Minha

As folhas que escrevi pensando alto
A alma no papel despejo, inquieta
Os versos que pensei, assim de assalto
Desfolho sem querer, cumprindo a meta

Eu, metalinguisticamente, choro
Vendo estas ilusões (a qualquer preço)
Não meço meus valores, e te adoro
Meu sentimento débil, te mereço

Não sei se leio um livro ou se me livro
De ler de novo as dores do passado
Pois nada além desejo: enfim, ser livre
De um presente, de um futuro acabado

Canso. Choro. Desisto. Escrevo. Paro.
O meu reflexo vejo nestes versos
Espelho de razões, carentes ondas
Do mar de amar este ideal perverso

VIANNA, Gustavo
ANDRADE, Antonio

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