e vai e vem
e vem e vai
aquilo que grita pra sobreviver
tem de ter mais poder
que o grande vazio
senão sua voz vira gota
e não rio
e pende e vai,
receia e volta
a pressão do que está
e o calor do que pode
só cessam quando
um destes
explode
o Pêndulo pende
não por indecisão
mas por insegurança
de se dar razão
(o relógio rebate-bate
urgindo o futuro de vir
mas o futuro é preguiçoso
e não gosta de ordens ouvir
portanto deixa o Sr. Ponteiro ansioso
até o seu tempo existir)
mas eis que o balançar eterno
enjoa
então é necessário dizer
"Voa,
alma que flutua!
Corre,
pé que, calejado, fraqueja.
Abracem e criem,
mãos e braços disformes!"
e se retoma
o tique taque
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