sexta-feira, 26 de julho de 2013

Apolo [Parte 03 - Mergulho Mental]

 Era apenas um criança com um pesadelo corriqueiro , contei aquilo para meus pais e de nada adiantou , porém minha inocência foi se esgotando ao passar dos anos . Com pouco mais de 14 anos de idade eu comecei a dedicar todo o meu tempo alheio em estudos dos sonhos , me sentina instigado a sessar ou pelo menos domar o meu pesadelo . 

- Faça da vida um sonho , não deixe o sonho ser um refúgio do que não se faz na vida   -



 Estava totalmente fissurado pelo o universo Onírico aos 14 anos, passava horas na biblioteca procurando por títulos relacionados ao assunto e dias em casa devorando uma pilha de livros amontoada do lado de minha cama . Meu pai adorava, não exitava de contar para os amigos esse amor que os filhos tinha em ler, mas não era os livros que eu amava, não amava nada, apenas queria me livrar das amarras de meu pesadelo que continuava me visitando semanalmente . 
 Procurei por muito tempo a respeito de "Pesadelos frequentes ", encontrei diversas explicações e algumas soluções, porém nenhuma delas funcionavam. Já avia encarado o meu medo, desenhado pesadelo, transformado minha angustia em alegria, composto uma comédia em cima de minha tragédia, enfim, tinha feito de tudo para sessar tudo isso, porém nada adiantou. 
 Em todas essas buscas me senti atraído por um termo que li em uma linha baixa de um livro negro chamado " A resposta dos Sonhos ", o significado dele me parecia interessante, a essência me atraia, e foi então que comecei a me aprofundar e descobrir oque era Sonho Lúcido. 
 Abandonei todos os métodos e simpatias furadas que estava usando e me foquei apenas nesse pequeno term .
 Aos 14 anos de idade definia, sonho como agonia e Sonho Lúcido como solução. Talvez porque essa inserção da palavra Lúcido refletisse na quebra da ilusão, Seria como acordar e ainda estar dormindo.
 Havia passado 1 ano, e eu estava apenas acordado, perdendo minhas noites e minhas notas pensando em como deveria sonhar. Adotei algumas técnicas para atingir o meu estado procurado. Aprendi, que para termos um sonho lúcido, primeiramente tinha que identificar oque era real e oque era onírico. Comecei a me perguntar toda vez que passava por uma porta se estava vivendo ou sonhando. 
 Alguns dias se passaram e minha resposta logo veio, me fiz a pergunta do atual cotidiano e finalmente tive a resposta esperada, tudo aquilo não fazia sentido, a luz se retorcia  em uma curva impossível, tudo era muito hilário e conturbado, mas de alguma maneira se eu não tivesse me perguntado, aceitaria aquilo tudo como real e simplesmente me esqueceria ao amanhecer. Neste dia a emoção me acordou, minha lucidez não durou mais que alguns segundos até eu acordar. 
 Estava plantando a planta podre que hoje exala o cheiro pudrido em meu leito de morte.

-Apenas se sabe de que lado está quando se está dos dois lados -

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